4 diferenças entre a faculdade privada e a pública

4 diferenças entre a faculdade privada e a pública

28/05/2020 Off Por Alair Corrêa

Você estuda, gostaria de estudar ou estudou em uma faculdade pública ou privada? Este artigo traz quatro diferenças principais entre esses dois tipos de instituição de ensino superior, as vantagens e desvantagens de cada uma. É importante ressaltar que não se trata de uma polarização do tipo “uma contra a outra”, pois ambas têm um importante papel para o conjunto da educação superior no Brasil.

Faculdades ou universidades públicas são aquelas mantidas pelo poder público, na esfera federal, estadual ou municipal. Faculdades e universidades privadas são aquelas mantidas pelo setor privado.

Está pensando em cursar uma faculdade? Leia a seguir quatro diferenças entre faculdades privadas e públicas. Confira também como conseguir bolsa de estudos. Boa leitura!

Gratuidade na oferta de ensino

No Brasil, as universidades públicas, tanto federais quanto estaduais, não cobram mensalidade, ou seja, oferece um ensino gratuito. É claro que isso é um grande atrativo para os estudantes, já que apenas uma pequena parte da população consegue bancar um curso superior pago, que geralmente dura vários anos e consome boa parte da renda média do brasileiro.  

A maioria das instituições públicas de ensino superior é federal, ou seja, sob responsabilidade do governo federal – entre essas instituições estão universidades federais e institutos tecnológicos e de educação profissional. Há, porém, também instituições estaduais, com destaque para algumas das melhores universidades do país, com destaque para as paulistas USP, Unicamp e Unesp, e também algumas poucas instituições municipais, que nem sempre são gratuitas.

Qualidade do ensino e oferta de vagas

Além da gratuidade do ensino, muitas universidades públicas trazem o atrativo da qualidade dos cursos, pois muitas delas são reconhecidas pela excelência nos serviços educacionais. Uma evidência disso é que de acordo com o índice Geral de Cursos (IGC) – que inclui critérios como avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e formação do corpo docente – todas as 15 melhores instituições de ensino superior do país são públicas. São elas:

  1. IME (Instituto Militar de Engenharia) – RJ
  2. ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) – SP
  3. UFABC (Universidade Federal do ABC) – SP
  4. UFCSPA (Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre) – RS
  5. UFLA (Universidade Federal de Lavras) – MG
  6. UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) – MG
  7. UFPR (Universidade Federal do Paraná) – PR
  8. UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) – RS
  9. UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) – RJ
  10. UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) – SC
  11. Ufscar (Universidade Federal de São Carlos) – SP
  12. UFV (Universidade Federal de Viçosa) – MG
  13. Unesp (Universidade Estadual Paulista) – SP
  14. Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) – SP
  15. Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) – SP

Isso não quer dizer que as faculdades e universidades privadas não tenham qualidade. Há sólidas e reconhecidas instituições de ensino privadas em todos os estados do país. Como as faculdades e universidades privadas são maioria em oferta de vagas no Brasil, a concorrência pelas vagas nessas instituições é menor do que nas públicas. Em outras palavras, é mais fácil ingressar no curso que você busca se for em uma faculdade particular.

As faculdades privadas estão presentes em muito mais municípios do país, o que ajuda a qualificar o mercado de trabalho e os serviços locais com profissionais graduados.

Caráter laico da educação pública

Uma diferença pouco abordada entre instituições de ensino públicas e privadas é que estas, ao contrário das públicas, podem ter caráter confessional/ideológico (como exemplo podemos citar universidades católicas, presbiterianas, entre outras). Como o Estado é laico, as faculdades públicas não podem ser representantes de uma religião específica, mas as faculdades privadas têm essa prerrogativa.

As instituições de ensino superior (IES) privadas podem ter ou não finalidade de lucro. As sem finalidade de lucro podem ser comunitárias (que em sua entidade mantenedora conta com representantes da comunidade), confessionais (que seguem alguma orientação confessional e ideológica) ou filantrópicas. Estas servem à população de forma complementar ao Estado, sendo mantidas de diversas formas, como doações.

Formação superior e mercado de trabalho

Um quarto ponto que podemos pensar em relação à escolha da universidade é que, embora haja exceções e esse cenário venha mudando conforme a profissionalização maior do ensino superior privado, conquistar o diploma em universidades públicas ainda traz um status acadêmico maior ao formando. Isso ocorre justamente pelo reconhecimento dessas instituições públicas como lugares de excelência em ensino, pesquisa e extensão. Ter estudado em uma universidade público, portanto, pode ajudar a conquistar um prestígio acadêmico maior.

Esse maior reconhecimento, porém, não reflete necessariamente na busca por uma vaga no mercado de trabalho em áreas não acadêmicas. Embora chame a atenção no currículo, outros fatores, como experiência profissional, conhecimento extracurricular e adequação à vaga, são mais preponderantes para o empregador. Muito poucas empresas exigem diploma em uma universidade pública para contratar, portanto é um equívoco pensar que a instituição em que se estudou vai determinar sozinha o futuro profissional do formando.

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